Três ouros em um dia! Confira os acontecimentos do penúltimo dia dos Jogos no Resumão Olímpico
Campeão no ringue, no mar e no campo, Brasil tem sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos da história
07/08/2021 - 16h00
Liandra Curopos e João Pedro Lemos
O penúltimo dia dos Jogos Olímpicos foi memorável e histórico para o Brasil. O país conseguiu conquistar três medalhas de ouro e atingiu sua melhor marca de todas nas Olimpíadas. Oficialmente, são 7 ouros, 4 pratas e 8 bronzes (19). Porém, ainda falta a decisão dar cor de mais duas medalhas já garantidas, a do vôlei feminino e no boxe, com Bia Ferreira.
Na Rio 2016, o Brasil havia conquistado 19 medalhas, sendo 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes. Com as medalhas que ainda faltam contabilizar em Tóquio, o país chega a 21 subidas ao pódio, quebrando seu recorde anterior.
Confira os últimos acontecimentos nos Jogos:
Canoagem
Pela classe C1 1000m da canoagem velocidade, Isaquias Queiroz conseguiu terminar a prova da final em primeiro lugar, com bastante sobra entre o segundo colocado. O brasileiro que havia se frustrado na classe C2, na qual compete com seu parceiro Jacky Godmann, prometeu que “vomitaria até sangue para sair de Tóquio com uma medalha no peito”. Dito e feito, o ouro veio.
Esse é o primeiro ouro olímpico de Isaquias e é somado às outras três medalhas que o atleta conquistou na Rio 2016 - duas pratas e um bronze.
Isaquias com a medalha de ouro
(Foto: Philip Fong/AFP)
Boxe
Hebert Conceição emocionou a todos com sua vitória heróica em cima do ucraniano Oleksandr Khyzniak. Depois de dois rounds perdidos, a única alternativa que salvava o brasileiro era o tão difícil nocaute. Foi preciso bastante paciência e técnica e, faltando poucos segundos para o final da luta, Hebert encaixou um cruzado perfeito que fez o ucraniano cair no ringue. Em mais de 150 lutas em Tóquio, Hebert conseguiu apenas o 4° nocaute da competição. O lutador conseguiu o segundo ouro brasileiro na modalidade.
Hebert comemorando após vitória por nocaute
(Foto: Reuters)
Futebol
O Brasil se tornou bicampeão olímpico no futebol masculino depois de derrotar a Espanha, na manhã deste sábado. A partida terminou 1 a 1 no tempo regular e precisou se encaminhar para a prorrogação. E foi apenas na segunda etapa que o gol de desempate saiu e a seleção se consagrou bicampeã olímpica. O Brasil é o país com mais subidas ao pódio dos Jogos Olímpicos.
Jogadores da seleção olímpica comemorando vitória
(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Vôlei de quadra
A seleção masculina de vôlei entrou em quadra para disputar o bronze contra a rival Argentina. Em uma partida truncada, com um time desconexo, muitos erros e um treinador que não mexia na equipe, o Brasil foi derrotado por 3 a 2 e se despede de Tóquio sem medalhas depois de quarto edições seguidas indo às finais da competição.
Bloqueio brasileiro sendo batido na disputa do Bronze olímpico
(Foto: Frank Augstein/AP)
Saltos ornamentais
O jovem Kawan Pereira, de apenas 19 anos, avançou para as semifinais dos saltos ornamentais na plataforma de 10m. O brasileiro terminou em 17º com uma nota acumulada de 371.65 (parciais de 72.00, 54.45, 54.45, 57.35, 64.60 e 68.40). O outro participante brasileiro, Isaac Santos, foi eliminado. O atleta de 22 anos somou 339.30, ficando em 20º.
A disputa da final e o sonho do ouro olímpico acontecerá essa madrugada às 3h da manhã (horário de Brasília)
Kawan Pereira se preparando para seu salto
(Foto: Wander Roberto/COB)
Hipismo
A equipe de hipismo brasileira se classificou para a final por equipes. Os brasileiros conseguiram uma boa pontuação, se colocando em 8º na classificação geral e avançando para a próxima fase. Zanotelli abriu as voltas para o Brasil com perfeição, zerando todos os obstáculos e terminando abaixo do tempo. O grande momento chegou quando Rodrigo Pessoa, medalhista em Atenas 2004, foi para sua volta. O brasileiro podia perder até 25 pontos e logo no começo errou um obstáculo por conta de um refugo que seu cavalo deu no obstáculo anterior. O animal chegou a refugar alguns obstáculos depois fazendo Rodrigo perder tempo.
Depois de completar a volta perdendo 20 pontos, Rodrigo desabafou e contou abrir mão da final
"A experiência neste momento contou, pois consegui levar o cavalo até o final. Os cavalos são imprevisíveis e demos sorte. Para mim, Tóquio acaba aqui. O meu cavalo não está em condições de ajudar a equipe. O Yuri deve entrar para brigar por medalha"
Yuri é o caveleiro reserva que disputará a medalha para a equipe brasileira no lugar de Rodrigo.
Zanotelli em sua volta excepcional
(Foto: Julian Finney/Getty Images)