Paralimpíadas de Tóquio: tudo o que você precisa saber do evento que estreia amanhã
Brasil vai com 260 atletas, procura permanecer entre as potências do evento esportivo e busca sua 100ª medalha de ouro
23/08/2021 - 20h05
Liandra Curopos
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Jogos Paralímpicos estreiam nesta terça e promete ser um grande evento
(Foto: Alex Davidson/Getty Images)
Com o encerramento das Olimpíadas, no dia 8 de agosto, Tóquio virou a chave e se prepara para as Paralimpíadas que promete ser um grande sucesso. O evento terá início nesta terça-feira, 24 de agosto, e termina dia 5 de setembro. A cerimônia de abertura será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 8h (de Brasília), enquanto as disputas se iniciarão na noite do mesmo dia. Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia.
É esperado que os Jogos Paralímpicos sejam um grande evento. O Comitê Internacional acredita que esta edição terá recorde de espectadores, estimando uma audiência de 4,5 bilhões de pessoas acompanhando em todo o mundo.
O Brasil estreia na competição com o goalball masculino nesta terça-feira (24), contra a Lituânia, às 21h (de Brasília), pela primeira rodada do Grupo A.
Os Jogos terão transmissão feita pelo Grupo Globo através da própria emissora, que já confirmou eventos como o Futebol de 5, onde o Brasil tenta o quinto ouro, além dos canais SporTv, que farão a cobertura completa do evento.
Someity, mascote oficial das Paralimpíadas, ajudando na estrutura dos Jogos
(Foto: Twitter)
Nesta edição, o Brasil contará com a maior delegação em uma Paralimpíadas no exterior. São 260 atletas, com 164 homens e 96 mulheres - sendo que 26 destes são pessoas sem deficiência (guias, calheiros, goleiros e timoneiros). Além disso, são 86 atletas (37%) que terão sua primeira experiência no evento esportivo.
Ao todo, contando com a comissão técnica, médica e administrativa, serão 434 pessoas se mobilizando para dar o melhor no Japão.
O Brasil é uma grande potência do esporte paralímpico estando no top 10 nas últimas três edições: em Londres-2012 terminou em 7º lugar (melhor colocação), na Rio-2016 ficou em 8º, com 72 medalhas, e em Pequim-2008 em 9º lugar.
Do total de pódios do Brasil, 81% foram obtidos no atletismo (142) e na natação (102). Judô (22), bocha (9) e tênis de mesa (5) vêm na sequência no ranking brasileiro dos esportes mais vitoriosos do programa paralímpico. Em Tóquio, o país procura terminar entre os 10 primeiros colocados novamente e busca conquistar sua 100ª medalha de ouro no evento - até o momento, foram 87 ouros, com 301 pódios na história.
O nadador Daniel Dias é uma das maiores esperanças de medalhas nos Jogos Paralímpicos
(Foto: Reuters)
O Brasil se mostrará presente em 20 das 22 modalidades da Paralimpíadas, ficando de fora apenas do basquete e rúgbi. O badminton e do taekwondo estreiam como modalidades esportivas nos Jogos, substituindo a vela e o futebol de sete.
A modalidade com mais atletas brasileiros, 65 no total, é o atletismo, no qual o Brasil tem a esperança de conquistar muitas medalhas. Em 2019, no Mundial, em Dubai, o país alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente da China.
Na natação, a maior referência atual brasileira tem o nome de Daniel Dias (classe S5). Ele é o atleta com mais pódios na história do Brasil, totalizando 24 medalhas em apenas três edições dos Jogos. Foram 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Só em Londres-2012, Daniel conquistou seis ouros nas seis provas individuais disputadas.
Falando em dinheiro, os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 160 mil, enquanto a prata renderá R$ 64 mil cada e o bronze, R$ 32 mil. Em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em duplas, o ouro valerá R$ 80 mil por atleta. A prata será bonificada com R$ 32 mil e o bronze, com R$ 16 mil.
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