Rebeca Andrade voltou a fazer história na ginástica brasileira. Na manhã desde sábado (21), a atleta competiu as finais de salto e das barras assimétricas do Mundial de ginástica artística, que acontece em Kitakyushu, no Japão. Rebeca terminou o campeonato com a medalha de ouro pelo salto e fechou sua participação com a prata nas barras.
A atleta do Flamengo decidiu não competir o solo neste Mundial por estar se preservando de lesões e se preparando para as Olimpíadas de Paris 2024. Com isso, a brasileira fica fora da disputa pelo individual geral.
No salto, a ginasta praticamente cravou suas duas tentativas. Ela executou um Cheng (15,133 pontos) e um Yurchenko com dupla pirueta (14,800) para ficar com uma média de 14,966 pontos. Foram os dois melhores saltos de toda a competição, o que garantiu Rebeca no lugar mais alto do pódio com quase um ponto a mais de diferença para a segunda colocada, a italiana Asia D'Amato, com 14,083. A russa Angelina Melnikova completou o pódio, com 13,966.
Pelas barras assimétricas, Rebeca não conseguiu fazer uma ligação de movimentos que tinha executado na classificatória. Mesmo assim, a boa execução fez a diferença no critério de desempate com a chinesa Luo Rui, que também terminou com 14,633 pontos. A também chinesa Wei Xiaoyuan ficou com o título, com 14,733 pontos.
Com o primeiro lugar no salto, a ginasta é a primeira brasileira a conquistar um ouro no Mundial depois de 18 anos de jejum. Além disso, a prata nas barras assimétricas é uma medalha inédita para o país.
- Estou muito feliz. Foi muito importante, assim como foram as medalhas olímpicas. Sempre quis ser medalhista em um Mundial, sempre quis ser medalhista olímpica. Sempre tive a Dai, a Jade, a Daniele, o Diego, o Zanetti, o Nory, todos eles como ídolos para mim. Estou fazendo parte desse time - disse Rebeca.