Com arbitragem polêmica, Vasco perde por 2 a 1 e está fora da Copa do Brasil
Vasco faz jogo equilibrado mas São Paulo aproveita superioridade numérica. Rigoni e Benítez marcam para o tricolor paulista enquanto Liziero, contra, diminui para Cruz-maltino
05/08/2021 - 9h50
João Pedro Lemos
Gol de Germán Cano, anulado por toque involuntário na mão de Juninho
(Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
O Vasco entrou em São Januário com uma única missão, vencer o São Paulo por pelo menos dois gols de diferença para avançar na Copa do Brasil. Para realizar tal feito, o técnico Lisca realizou algumas mudanças no time. Ao invés do tradicional 4-3-3 que o Cruz-maltino vinha utilizando, o treinador experimentou zaga formada por três jogadores, Ernando, Miranda e Castán. Completavam o esquema mais duas linhas de três (Juninho, Bruno Gomes e Zeca; Léo Jabá, Marquinhos Gabriel e Morato) e o centroavante Germán Cano.
Com essa formação diferenciada o Vasco começou o jogo muito bem. Marcava a saída de bola dos três zagueiros são paulinos e incomodava o meio campo do time paulista. Com o centro do gramado bem povoado e as jogadas laterais sendo sempre apoiadas por 3 jogadores, o time carioca equilibrava um jogo que, no Morumbi, foi de um time só. Até os 30 minutos, o Vasco era superior ao São Paulo e a prova disso veio aos 22' quando Cano recebe bola de Juninho e bate firme cruzado, abrindo o placar. Entretanto o gol foi invalidado pois a bola toca na mão de Juninho de maneira involuntária. Pela nova regra da FIFA, que entrou em vigor dia 1º de Julho, esse gol não haveria de ser anulado.
No começo do ano, em entrevista exclusiva ao site do Lance!, o árbitro Marcelo de Lima Henrique falou sobre a alteração que visaria simplificar a vida dos árbitros.
"Resumidamente, uma mão acidental poderá dar um passe para outro atleta, porém, não poderá dar um passe para o próprio jogador que a utilizou sem intenção."
O jogo seguiu e o Vasco continuava superior, porém aos 33 minutos, após entrada feia em Reinaldo, Léo Jabá foi expulso após lance ser revisado pelo árbitro Anderson Daronco no VAR. Léo já tinha se envolvido em outro lance de possível revisão quando Miranda deixou a mão em seu rosto, porém o árbitro de vídeo não foi chamado para aquele lance.
A partir da expulsão do ponta vascaíno o jogo virou outro. Aos 42' Rigoni recebeu bom cruzamento de Orejuela e cabeceou sozinho em meio aos três zagueiros. Logo na volta do intervalo, antes dos 5 minutos, um chute despretensioso de Benítez acaba desviando em Castán e morrendo no canto do gol de Vanderlei. Dessa forma, o São Paulo abria 4 gols de vantagem no placar agregado. A partir daí o time paulista apenas administrou a vantagem. Aos 25', após Volpi espalmar chute de Zeca, a bola bate em Liziero e entra no gol, diminuindo o placar para a equipe carioca.
Antes do jogo terminar ainda deu tempo de mais dois lances polêmicos acontecerem. No primeiro, após cruzamento de Marquinhos Gabriel a zaga são paulina corta e depois Nestor chuta Galarza. Para o comentarista de arbitragem da Globo, Sálvio Espínola, lance normal, já que o volante acerta primeiro a bola e depois atinge a sola no paraguaio. O segundo foi a expulsão de Castán. No lance, Vitor Bueno acaba tocando joelho do zagueiro com a sola da sua chuteira e acaba caindo. O VAR não foi acionado.
Confira os melhores momentos do jogo:
Após o jogo, o diretor Alexandre Pássaro criticou abertamente Anderson Daronco e companhia.
"Os árbitros são tão ruins que, recentemente, nos preocupamos com o Wilton, que tinha nos prejudicado contra o Bahia, no campeonato passado. Não temo para onde fugir. [..] O Daronco, quando eu estava no São Paulo, expulsou Raniel do São Paulo. Hoje ele veio aqui e prejudicou o Vasco como já prejudicou outros times. Esse árbitro preferiu não ir ao VAR para ver a chave de braço do Felipe Melo no Léo Matos. [...] A Conmebol puniu por tempo indeterminado o árbitro depois de um erro grave. Aqui, de repente ele pega um jogo mole no Nordeste, fora de contexto."
Além disso o diretor também reclamou do gol de Cano anulado e do pênalti não marcado em Léo Jabá.
"Aos 22 minutos teve um pênalti do Miranda no Léo Jabá. Aquele lance é falta. [...] Cinco minutos depois houve o gol do Cano, anulado por uma falta marcada por a bola resvalar na mão do Juninho. A regra mudou em primeiro de julho e tanto não deve ser marcada que o VAR chamou. Ele foi ver e disse que a decisão dele era correta."
O Vasco volta a campo no sábado (7) pela 16ª rodada da Série B e enfrenta o Vitória no Barradão, buscando voltar a se aproximar do G4 na tabela.
