Mais uma parte do ano do Flamengo praticamente chega ao fim na noite desta segunda-feira: um time melancólico de se assistir apenas empata com a fraca e rebaixada Chapecoense, que inclusive teve mais chances de vencer que o adversário, e vê a distância para o líder Atlético Mineiro ser a maior em muitas rodadas. 11 pontos separam os times, sendo que o Flamengo tem um jogo a menos, contra o Grêmio, pela segunda rodada e ainda sem data marcada. Mesmo que ganhe precisaria de 3 tropeços dos mineiros em 8 rodadas, além de vencer todos seus jogos, algo praticamente impossível pelo aproveitamento dos times até então. Renato Gaúcho claramente não quer ficar no Flamengo, não atoa já pediu para ser demitido, e a diretoria segue errando em mantê-lo no comando; sem variações táticas o time sequer leva perigo ao pior participante e já rebaixado da Série A.
Os problemas do Flamengo, que já foram explanados pelo "Globoesporte.com" e por setoristas, vão além da beira do campo. Total falta de comunicação entre setores, profissionais que estão fora do mercado atuando no clube, e muito amadorismo no time mais potente do Brasil nos últimos três anos assustam. Com 6 desfalques e a maioria por lances corriqueiros evidenciam a crise no DM do Flamengo à pouquíssimo tempo da final da Libertadores, e após mais um tropeço o ambiente parece à ponto de explodir no Ninho do Urubu e na Gávea.
Dito isso e sendo esses os principais motivos da "derrota moral" rubro-negra hoje, que bizarra a arbitragem do trio em Chapecó. Denis da Silva Ribeiro, auxiliado por Esdras de Lima e Brigida Cirilo foram autores da provável pior arbitragem do futebol brasileiro no ano. Teve pênalti não marcado em Gabigol, quatro impedimentos inacreditáveis assinalados pelos bandeiras, falta de posicionamento de Esdras que o atrapalhou em três decisões importantes... Foi tudo um caos, parecido inclusive com o futebol apresentado pelo Flamengo durante os 90 minutos.
Dentro das quatro linhas o Flamengo pressionou da forma previsível com que o torcedor está costumado a observar nos últimos jogos, saindo na frente com um bonito gol de Matheuzinho e vendo a Chapecoense virar após duas falhas absurdas do setor defensivo. Ainda no primeiro tempo, o "salvador" Michael, mais uma vez o melhor em campo do time, empatou em um golaço. E ficou só nisso. Com um a mais por mais de 35 minutos o Flamengo nada fez e teve muito mais chances de perder o jogo do que ganhar. Geuvânio perdeu um gol sem goleiro para o alviverde, que fecharia o "pacote completo" da pavorosa noite rubro-negra. Mas o empate já basta para evidenciar o que já havia sendo visto.
O próximo confronto do time é contra o Bahia em um Maracanã que tem tudo para, justificavelmente, massacrar jogadores e comissão técnica na quinta-feira. Talvez tenha chegado a hora de tomar a decisão: manter ou não Renato, que já não quer mais ficar; largar de vez a mão do brasileiro, visto a distância inalcançável e tendo o jogo mais importante dos últimos dois anos em duas semanas. Decisões à serem tomadas por superiores, que tanto têm se omitido nos últimos momentos.
Veja abaixo os melhores momentos da derrocada rubro-negra: